quarta-feira, 16 de outubro de 2013

MIRADOR É O TERCEIRO MUNICÍPIO A ASSINAR CONVÊNIO PARA DESCARTE DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NO ATERRO DE PARANAVAÍ


Foi assinado na manhã desta quarta-feira (16) mais um termo de convênio para o descarte de resíduos orgânicos no aterro municipal de Paranavaí. Desta vez, o documento foi assinado com o município de Mirador, o terceiro a celebrar este tipo convênio, depois São Carlos do Ivaí e Tamboara, que renovou o contrato na mesma audiência.
Através do convênio, o município de Mirador poderá descartar exclusivamente seus resíduos orgânicos no aterro sanitário de Paranavaí, com um custo de R$ 67,20 por tonelada. O transporte, entrega e descarregamento no aterro são de responsabilidade do próprio município. Não será permitido o descarte de resíduos da saúde, industriais ou qualquer outro que não seja orgânico. Além disso, o município conveniado deverá fazer um trabalho de gravimetria anual para poder prorrogar o prazo do convênio, que inicialmente é de 12 meses.
“Nosso município não tem estrutura para construir ou manter um aterro em razão do seu custo elevado e esse convênio, tanto quanto o consórcio, vem para nos ajudar a resolver essas questões. Hoje está mais que comprovado que a melhor saída para resolver problemas em comum de vários municípios é o consórcio”, afirmou o prefeito de Mirador, Reinaldo Pinheiro da Silva.
Rogério Gimenez, prefeito de Tamboara, cidade que há dois anos mantém este tipo de convênio com Paranavaí, também aprova a parceria. “Só temos a agradecer Paranavaí pelo convênio que faz toda diferença para o nosso município”, disse.
Tanto Tamboara, quanto Mirador já contam com a coleta seletiva de lixo implantada em seus territórios. “Essa consciência da necessidade de separação do lixo é importante porque quanto menos reciclável for depositado no aterro, maior será a sua vida útil”, lembrou o secretário de Meio Ambiente de Paranavaí, João Marques.
Segundo ele, o município investe cerca de R$ 60 mil por mês para gerenciar o aterro. Outros R$ 2 milhões terão que ser investidos para a construção de uma nova célula no início de 2014. “Acontece que hoje, a grande parte das políticas públicas do Governo Federal é direcionada para municípios com menos de 50 mil habitantes ou com mais de 100 mil e por isso é tão importante a formação de consórcios, onde os municípios se agrupam e lutam por mais benefícios”, avaliou Marques.
“Juntos temos um maior poder de fogo”, destacou o prefeito Rogério Lorenzetti. “Sem falar que com estes convênios Paranavaí estreita as relações com os municípios vizinhos e age para proteger o meio ambiente e os nossos mananciais hídricos, diminuindo os riscos de contaminação do lençol freático, já que o problema do lixo não obedece limites geográficos”, concluiu o prefeito.
 Paraná Sem Lixões
Paranavaí e região poderá servir de protótipo para programa do Governo do Estado
 A iniciativa de um consórcio que defenda interesses comuns de Paranavaí e municípios da região tanto na área ambiental quanto em outros setores chamou a atenção de autoridades do Governo do Estado que poderão usar a região como protótipo para o Programa Paraná Sem Lixões, que visa a eliminação dos lixões do Estado até o final de 2014.
A informação é do coordenador estadual de resíduos sólidos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Laerty Dudas, que visitou a cidades nesta quarta-feira (16) durante a realização do projeto Arte com Sustentabilidade, de iniciativa da Sema.
Dudas participou da assinatura do convênio para o descarte de resíduos orgânicos entre os municípios de Paranavaí, Tamboara e Mirador, e elogiou a iniciativa. “Precisamos que os municípios maiores continuem tendo essa atenção e unindo forças com os municípios de menor porte. Hoje é inviável para o Paraná ter 399 destinos finais  - ou lixões. O Plano de Regionalização de Gestão Integrada de Resíduos Sólidas mostra que o número ideal de destinos finais está entre 20 e 30. Esse plano vai disponibilizar recursos para bons projetos, como é o caso aqui de Paranavaí, que está utilizando o consórcio. Quando reunimos um número maior de cidades há um volume maior de lixo e, no futuro, podemos pensar inclusive no aproveitamento energético”, apontou o coordenador

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