quinta-feira, 29 de agosto de 2013

ESTUDO GRAVIMÉTRICO APONTA BAIRROS COM MELHOR APROVEITAMENTO DA COLETA SELETIVA EM PARANAVAÍ

 
 
Quase R$ 4,5 milhões jogados no lixo todo ano. Este é o resultado de um estudo gravimétrico realizado pela equipe técnica da Semam (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) que aponta o descarte inadequado de materiais no aterro sanitário de Paranavaí e indica também quais regiões estão com maior e menor eficiência na separação dos resíduos (lixo). Os índices apresentados ao prefeito Rogério Lorenzetti na última semana mostram que os setores que englobam os jardins São Jorge, São Vicente, Ipê e Morumbi, são os que apresentam melhores resultados com relação à destinação correta do lixo.
“Todo mês são literalmente ‘jogados fora’ no aterro sanitário R$ 372 mil em materiais recicláveis, deixando de gerar renda para as famílias que trabalham na Coopervaí e ainda prejudicando o aproveitamento das células de compostagem do aterro. Hoje são quase 2 toneladas de resíduos que vão para o aterro todo mês. Se os materiais recicláveis que estão indo indevidamente para o aterro fossem corretamente separados e vendidos pelas famílias da Cooperativa de Catadores, seria uma melhoria muito grande para a economia da cidade”, frisou o secretário de Meio Ambiente, João Marques.
A pesquisa revelou, primeiramente, uma boa evolução na destinação correta de resíduos para o aterro sanitário. Em 2008, a gravimetria apontou que 44% do material descartado no aterro era de recicláveis, 40% de orgânicos e 16% de rejeitos (papel higiênico, fraldas e outros). Nesta última gravimetria, houve uma redução na porcentagem de recicláveis (34%) e um aumento proporcional de materiais orgânicos (51%). Os rejeitos agora somam 14% enquanto 1% é classificado como outros materiais, como resíduos eletrônicos, resíduos de saúde e materiais contaminados.
“Vemos que já há uma mudança de mentalidade da população. O trabalho que fizemos com os grandes geradores de lixo, por exemplo, já foi um fator muito positivo de evolução. Mas precisamos melhorar ainda mais estes índices”, frisou Marques.
A Pesquisa – O estudo, chamado de composição gravimétrica ou gravimetria, consiste basicamente em uma pesquisa por amostragem para quantificar e qualificar os tipos de resíduos descartados pela população, destinados ao aterro sanitário de Paranavaí. A pesquisa foi realizada entre os dias 25 de julho e 1º de agosto, analisando os resíduos dos 11 setores atendidos pelo município.
“Nós usamos como base uma pesquisa científica realizada pela professora Dra. Lucila Nagashima em 2008, antes da implantação da Coleta Seletiva no município, que aconteceu em 2009. Na pesquisa, foram coletados, de cada setor, seis tambores (quatro de cada canto do setor e dois da pilha central). Estes resíduos foram despejados sobre um espaço com lona, separados e pesados. Assim conseguimos ver que tipo de lixo está vindo para o aterro, se as pessoas estão descartando da maneira certa ou errada, se está havendo a separação para a coleta seletiva, etc. Quanto mais resíduos orgânicos e menos material reciclável, melhor está sendo realizada a separação do lixo no setor”, explicou a técnica da Secretaria de Meio Ambiente, Sueli Mieko Miamoto.
Resultados dos Setores – Entre os 11 setores da cidade que descartam resíduos no aterro sanitário, Os setores 2 (São Jorge e São Vicente), 6 (Jardim Ipê) e 8 (Jardim Morumbi), foram os que apresentaram melhor desempenho na separação do lixo. Nos jardins São Jorge e São Vicente, 58,77% do material destinado ao aterro sanitário é orgânico e 29,40% reciclável. No Jardim Morumbi 56,94% são orgânicos e 28,60% materiais recicláveis, enquanto no Jardim Ipê o índice é de 56,64 de orgânicos e 27,37% de recicláveis.
Os setores que menos separam os materiais enviados para o aterro são o Setor 3, que engloba os jardins Campo Belo e Simone (40,30% de orgânicos e 39,70% recicláveis) e o Setor 4, correspondente à Vila Operária e Panorama (39,99% orgânicos e 37,98% recicláveis). Este último setor também é o que apresenta maior porcentagem de outros materiais inadequados, como resíduos eletrônicos, de saúde e materiais contaminados: 3,12%.
Ações administrativas – Para colaborar para o melhoria dos índices de Coleta Seletiva no município, o prefeito Rogério Lorenzetti determinou que seja enviado um memorando para todos os órgãos públicos de Paranavaí, solicitando a cooperação com a separação dos resíduos e atenção aos dias e horários determinados da Coleta Seletiva nestes pontos.
Um estudo gravimétrico anual também será solicitado aos municípios do CICA (Consórcio Intermunicipal Caiuá-Ambiental) que aderirem ao uso do aterro sanitário de Paranavaí.
Porcentagem de resíduos coletados por setor no município:
Setor 1 – Graciosa e Matarazzo
Orgânicos – 39,34%
Recicláveis – 35,39%
Rejeitos – 24,30%
Outros – 0,98%
Setor 2 – São Jorge e São Vicente
Orgânicos – 58,77%
Recicláveis – 29,40%
Rejeitos – 11,42%
Outros – 0,40%
Setor 3 – Campo Belo e Simone
Orgânicos – 40,30%
Recicláveis – 39,70%
Rejeitos – 18,10%
Outros – 1,90%
Setor 4 – Vila Operária e Panorama
Orgânicos – 39,99%
Recicláveis – 37,98%
Rejeitos – 18,91%
Outros – 3,12%
Setor 6 – Jardim Ipê
Orgânicos – 56,64%
Recicláveis – 27,37%
Rejeitos – 15,33%
Outros – 0,67%
Setor 7 – Sumaré e Zona Leste
Orgânicos – 54,41%
Recicláveis – 31,33%
Rejeitos – 14,07%
Outros – 0,19%
Setor 8 – Morumbi
Orgânicos – 56,94%
Recicláveis – 28,60%
Rejeitos – 11,97%
Outros – 2,49%
Setor 10 – Progresso e Maringá
Orgânicos – 56,12%
Recicláveis – 34,67%
Rejeitos – 9,10%
Outros – 0,11%
Setor 11 e 5 – Centro e Antigo Aeroporto
Orgânicos – 43,67%
Recicláveis – 44,53%
Rejeitos – 10,63%
Outros – 1,17%
Setor 11 e 9 – Centro e Jardim Ouro Branco
Orgânicos – 56,75%
Recicláveis – 34,55%
Rejeitos – 7,57%
Outros – 1,13%

 

     

     

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