terça-feira, 30 de abril de 2013

PLANO DE GERENCIAMENTO AJUDA EMPRESAS A SE REENQUADRAREM COMO PEQUENOS GERADORES DE RESÍDUOS

Começou a valer no dia 1º de abril, a lei que disciplina a coleta, transporte e destinação final de resíduos em geral e institui a obrigatoriedade da separação do lixo reciclável no município de Paranavaí. A principal mudança foi com relação aos chamados grandes geradores de resíduos, que deixaram de contar com o serviço regular ofertado pelo município e precisam então contratar uma empresa particular para realizar a coleta e destinação do lixo que produzem. Mas, através do PGRS (Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos), algumas empresas de Paranavaí conseguiram se enquadrar novamente como pequenos geradores de resíduos e voltaram a receber o serviço regular de coleta do município.
“No total, nós notificamos 112 empresas de Paranavaí como sendo grandes geradoras de resíduos, que são aquelas que geram mais de 200 litros de lixo por coleta, ou 600 litros por semana. Com a implantação da Lei, a intenção do município não é multar ou prejudicar nenhuma empresa. O que queremos é que cada estabelecimento se enquadre novamente como pequeno gerador de resíduos, porque isso é bom para todos, principalmente para o empresário que não precisa gastar e pode ainda obter algum lucro da venda do lixo reciclável, e também para o meio ambiente, uma vez que o aterro sanitário não recebe mais material indevido. Todas as empresas, seja de que ramo for, podem se adequar”, analisa o secretário de Meio Ambiente, João Marques.
Resultados positivos – Proprietário do Posto Paraná, o empresário Cristiano Cavasin conta que ao tomar conhecimento da implantação da Lei, buscou rapidamente a elaboração do PGRS para adequar novamente o estabelecimento como pequeno gerador de resíduos. Segundo dados levantados pela Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a Transresíduos (que faz o serviço de coleta no município), o posto registrou em 2011 uma média de 800 litros de lixo por coleta, quatro vezes mais do que o previsto em Lei. Em 2012, uma das coletas chegou a registrar 1.500 litros de lixo.
“Nós não separávamos nada. Colocávamos todo o lixo junto, sem separação, e havia um desperdício muito grande. Para se ter uma idéia, os funcionários gastavam aproximadamente 100 copos plásticos por dia. Agora, depois da elaboração do Plano de Gerenciamento, fizemos um treinamento com os funcionários e mudamos todo o sistema de separação do lixo. Hoje, cada funcionário tem seu copo de vidro e não usa mais os descartáveis. Nós separamos todo o lixo reciclável, doamos parte para a Coopervaí e a outra parte nós vendemos. Com as embalagens de óleo de motor, nós começamos a trabalhar com a logística reversa, e a empresa responsável recolhe. O óleo de fritura, nós guardamos em tonéis de 200 litros e vendemos para uma empresa de Maringá que utiliza para a produção de itens de limpeza. E o lixo orgânico é coletado normalmente pelo município e não estamos chegando a atingir os 200 litros por coleta. Conseguimos transformar o que era lixo imprestável em resíduos corretamente separados que retornam em lucro para o posto, e este dinheiro da venda dos resíduos que separamos está sendo guardado para fazermos uma grande festa de confraternização com os funcionários no final do ano. Isso também motiva os funcionários a participar da separação, porque é benefício para eles também”, explicam Cristiano Cavasin e o gerente do posto, Odimar Dias.
Outro exemplo é dado pelo gerente do Grande Hotel, Marcos Roberto Costa. O hotel contratou os serviços de um auditor de gestão ambiental para elaborar o PGRS e transformou o que era um problema em um incentivo para os funcionários. “Cada um tem sua função aqui no hotel, e fazer um serviço a mais, o de separar o lixo reciclável do orgânico, por exemplo, era motivo de muitas reclamações. Agora, como vendemos a maior parte dos resíduos, o dinheiro vai para um caixinha que no final do ano será usado para uma festa com as famílias, e o dono do hotel também prometeu estudar um valor a mais no último salário como reconhecimento pela participação de cada funcionário”, aponta Marcos Roberto.

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