quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

SEM FOLIA

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As cidades que cancelaram o Carnaval porque não têm água                                                            


                                                                                                                        Hesíodo Góes/PCR/Creative Commons






















Carnaval está chegando e muitas cidades se preparam para festa. Mas não todas. Com a crise de abastecimento de água que atinge principalmente o Sudeste do país, alguns municípios decidiram que, em 2015, não vão pular o Carnaval.

Ao menos nove prefeituras resolveram cancelar a festa por conta da falta de água. A maioria está em Minas Gerais, mas também há municípios de São Paulo nessa lista.

As administrações afirmam que a presença dos turistas poderia aumentar muito o consumo de água nessas localidades, gerando problemas de abastecimento no futuro. Em algumas delas, os moradores inclusive já convivem com racionamento.

Veja, nas fotos, quais cidades cancelaram o Carnaval devido à crise hídrica

CARMO DA MATA (MG)
A prefeitura da cidade mineira decidiu cancelar o Carnaval este ano, com medo de que faltasse água para os cidadãos. O município fica na região centro-oeste de Minas Gerais. Além da crise hídrica, a prefeitura diz que a preocupação com a segurança da cidade e a preocupação com situação financeira do município justificam a medida.

“Com esse grande período de estiagem, nossos reservatórios já começam a mostrar uma baixa significativa, com a possibilidade de racionamento de água. Diante disso, a realização da festividade poderia gerar um consumo muito elevado de água e, consequentemente, prejudicar o abastecimento da cidade”, diz o comunicado da administração.

As preocupações com segurança se dão principalmente por conta do cancelamento do Carnaval nas cidades vizinhas. Para a prefeitura, isso poderia gerar uma demanda de turistas maior do que a cidade pode suportar.

CARMÓPOLIS DE MINAS (MG)
Outra cidade que optou por cancelar o Carnaval com medo de receber toda a demanda de foliões da região do centro-oeste de Minas Gerais. Segundo a prefeitura, uma superlotação de turistas poderia causar problemas de segurança e também desabastecimento de água. “O município está se precavendo de possíveis racionamentos ou falta de água como os vivenciados por vários municípios, devido ao baixo volume de chuvas”, diz a nota da prefeitura.

ITABIRA (MG)
Com os reservatórios já no volume morto e as contas apertadas, Itabira também decidiu cancelar a festa. De acordo com a prefeitura, a cidade já vive um racionamento. Com a festa do Carnaval, a demanda por água seria maior, o que poderia gerar mais transtornos no futuro. “Não sabemos ao certo quanto tempo mais esta seca vai durar e quanto ela poderá nos obrigar a investir imediatamente para minimizar seu impacto”, afirmou o prefeito Damon Lázaro de Sena. 

ITAGUARÁ (MG)
Itaguará foi outra cidade mineira que cancelou o Carnaval este ano por medo de faltar água para a população. O município decretou estado de emergência devido à seca e vive “uma clara possibilidade de racionamento de água”, diz o comunicado da prefeitura. Além do consumo extra dos turistas, a festa também demandaria água para a limpeza das ruas, lembra a administração. Sendo assim, decidiu-se por cancelar a folia.

ITAPECERICA (MG)
Assim como suas vizinhas da região centro-oeste de Minas Gerais, Itapecerica também resolveu cancelar a festa com medo de que faltasse água para os cidadãos. Um dos fatores que contribuíram para a decisão foi o fato de que outras cidades vizinhas também haviam cancelado suas festas, o que, segundo a prefeitura, poderia levar ainda mais foliões a Itapecerica. No ano passado, a cidade recebeu cerca de 20 mil turistas.

“Considerando que o aumento significativo de pessoas no município poderá desencadear uma séria crise de abastecimento de água tratada à população, a prefeitura municipal resolveu que não haverá o Carnaval Itabeleza 2015”, diz comunicado da prefeitura.

OLIVEIRA (MG)
Outra cidade da região centro-oeste de Minas Gerais que optou por cancelar a folia em 2015. De acordo com a prefeitura, os moradores de Oliveira já estão sob racionamento, e uma festa como o Carnaval agravaria ainda mais o problema do abastecimento e água.

Além da crise hídrica, outro fator que levou ao cancelamento é a situação financeira do município. A prefeitura diz que tem dificuldades em arcar com os gastos na área de saúde e com o pagamento de seus servidores. Sendo assim, “manter a realização de tais festividades não seria, no mínimo, prudente”, diz comunicado da administração.

SÃO FRANCISCO DE PAULA (MG)
Também na região do centro-oeste mineiro, São Francisco de Paula optou seguir os municípios vizinhos e cancelar o Carnaval 2015. A prefeitura temia que, com o cancelamento da festa em outras cidades da região, muitos turistas procurassem o Carnaval de São Francisco, gerando maior consumo de água e problemas de segurança pública.

ARARAS (SP)
Municípios do estado de São Paulo também vão ficar sem Carnaval. Em Araras, a 168 km da capital paulista, os desfiles de escolas de samba e blocos foram cancelados devido à crise de abastecimento de água.

“Nossa decisão é um ato de respeito a esse momento crítico vivenciado pela população e o governo devido à crise hídrica. Nós, de maneira alguma, deixamos de reconhecer o valor cultural do Carnaval”, disse o prefeito Nelson Brambilla.

CORDEIRÓPOLIS (SP)
Com o agravamento da crise hídrica, a cidade de Cordeirópolis também cancelou a folia em 2015. Inicialmente, o município faria uma festa menor. Mas, com a desistência de um dos blocos de rua, decidiu-se então por cancelar de vez o Carnaval. A prefeitura afirma que, devido ao calor, a demanda por água tem crescido mais do que a capacidade de reposição do sistema.

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