sexta-feira, 24 de maio de 2013

FIQUE POR DENTRO!

Cidade americana é reerguida após tornado e vira exemplo ‘verde’

À primeira vista Greensburg parece apenas mais uma cidade pequena do interior dos EUA. Mas, ao ser reconstruída, virou uma cidade ambientalmente sustentável, modelo para o mundo.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/05/cidade-americana-e-reerguida-apos-tornado-e-vira-exemplo-verde.html

Há seis anos, também no mês de maio, uma cidade do Kansas passou pela mesma situação. Foi destruída por um tornado. O Jornal Nacional mostra que Greensburg não só se reergueu, mas virou exemplo para o mundo.
À primeira vista Greensburg parece apenas mais uma cidade pequena do interior dos Estados Unidos. Seis anos atrás, a cidade fundada em 1886 foi devastada por um tornado com ventos de 330km/h. Mas a pequena comunidade de 1,5 mil moradores não aceitou terminar ali a história de mais de um século.
No dia seguinte ao tornado, os moradores se viram no fundo do poço. A cidade estava completamente destruída. Mas em vez de se desesperar, eles decidiram reconstruir tudo. Fazer uma Greensburg melhor. Uma cidade ambientalmente sustentável, que servisse de modelo para os Estados Unidos e o mundo.
O museu da cidade, erguido em torno do poço d'água mais fundo dos Estados Unidos, é um retrato fiel do antes e do depois.
"Onze pessoas morreram. Muitos ficaram sem casa, perderam tudo. Foi terrível, mas também foi uma grande oportunidade para tirarmos o melhor de nós mesmos", diz Stacey Barnes, diretora de turismo de Greensburg.
E assim, Greensburg se tornou a primeira cidade a conquistar o mais importante certificado de sustentabilidade do governo americano. A reconstrução verde está em todos os lugares. A começar pelo museu, um prédio desenhado para receber a luz do sol.
O prédio do centro de artes de Greensburg virou um marco do que os moradores querem para a cidade. A modernidade em sintonia com a natureza. O prédio tem um sistema para captar e usar a água da chuva. Tem também painéis solares para produzir energia. E ainda aproveita do lado de fora o que a cidade tem de sobra: o vento.
Com as três pequenas turbinas de vento, o centro de artes é autossuficiente na produção de energia. Na parede sul, as grandes janelas deixam o sol entrar para aquecer o ambiente. A parede do lado norte é fechada para proteger o interior do vento frio do inverno.
O hospital também aproveita ao máximo a luz que vem de fora. Portas inteligentes não permitem que a entrada de ar mude a temperatura interna. A iluminação artificial com leds permite uma economia de 30% no consumo de energia.
A água da chuva é armazenada em um pequeno lago. Filtros retiram as impurezas, e a água é reaproveitada nos banheiros. O desperdício caiu pela metade.
A escola segue as mesmas regras. Muita luz natural, coleta seletiva de lixo, aproveitamento da água da chuva, equipamentos de alta performance que economizam energia. Um aprendizado permanente para os alunos.
"Quando as crianças interagem todos os dias com medidas de sustentabilidade, elas se sentem encorajadas a ser parte dessa reconstrução. E o mais importante, a ser parte do futuro que a cidade escolheu", diz o superintendente da escola, Darin Headrick.
Os moradores criaram uma fundação para estimular a construção de casas verdes. Quem quiser pode passar um fim de semana em uma casa modelo, construída com material reciclado, que usa energia solar. Tudo é feito para economizar energia e água.
No banheiro, uma ideia simples que mostra como é possível economizar água no dia a dia. A água nova serve para lavar as mãos. Ela é acumulada no reservatório para ser usada na próxima descarga.
Os planos são de estender o projeto por outras cidades americanas. "Nós chamamos a nós mesmos de um laboratório vivo. É importante aprender e passar a informação adiante", diz Ruth Ann Wedel, gerente da organização.
“Uma vez um especialista em meio ambiente me disse que não entendia como uma pequena comunidade no meio do nada poderia mesmo cogitar de reconstruir. E eu respondi, tem duas coisas que você não entendeu. Número 1: é o nosso lar. E número 2: nós estamos no meio de tudo", aponta o prefeito da cidade, Bob Dixson.
 
 

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