quarta-feira, 30 de abril de 2014

PARANAVAÍ É INDICADA PELO ESTADO PARA TER ACESSO A FINANCIAMENTO DE R$ 3,5 MILHÕES JUNTO À FOMENTO PARANÁ

Paranavaí foi a primeira cidade do estado a ser indicada pela Fomento Paraná – instituição financeira de desenvolvimento pertencente ao Governo do Estado – para ter acesso a um financiamento no valor de R$ 3,5 para projetos que visam cumprir com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina o fim dos lixões a céu aberto até agosto deste ano. Os recursos são de uma linha de financiamento disponibilizada pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), que liberou aproximadamente R$ 140 milhões para o Paraná financiar projetos de tratamento de destinação de resíduos sólidos.
Nesta terça-feira, 29, o prefeito Rogério Lorenzetti e o secretário interino de Meio Ambiente do município, Edson Hedler, participaram, em Curitiba, de uma reunião na sede da Fomento Paraná para discutir a viabilização do financiamento com recursos da AFD.
Prefeito e secretário foram recebidos pelo presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, e pelos assessores Domingos Portilho, Mário Figueiredo e Fernando Mazon, com quem discutiram os detalhes para o encaminhamento da carta proposta de financiamento para os projetos, que deverá beneficiar todos os municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal Caiuá – Ambiental (Cica).
“Durante a audiência fizemos uma explanação sobre as políticas adotadas na área da gestão de resíduos sólidos e que colocam Paranavaí como referência no estado, inclusive recebendo elogios dos franceses que visitaram o nosso município em janeiro. Nesta lista se destacam a coleta seletiva, a operação do nosso aterro sanitário, obedecendo todas as normas, e a formação do Consórcio Intermunicipal Caiuá – Ambiental, que permite que o município receba os resíduos de três cidades vizinhas que não contam com aterro próprio”, destacou Edson.
Segundo o secretário, se aprovado o financiamento, o município deverá utilizar o recurso para a construção de uma nova célula no aterro, ampliação da área do aterro, com aquisição de um terreno situado ao lado, e contratação de um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Regional, que deverá atender todos os municípios do consórcio.
A carta proposta deve ser apresentada até o dia 10 de maio e será analisada por técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. As tratativas com a Agência Francesa de Desenvolvimento para obter a linha de financiamento estão em andamento desde agosto de 2013. Uma missão da AFD virá ao Paraná em maio, quando devem ser apresentados os pedidos de financiamento.
“Estamos muito otimistas com a possibilidade desta linha de crédito, uma vez que Paranavaí foi a primeira cidade do estado selecionada para ter acesso. Isso aconteceu pelo fato do nosso município já estar bem avançado na gestão de resíduos sólidos, inclusive com um consórcio constituído. As autoridades foram unânimes em afirmar que, sem o consórcio, não haveria possibilidade de financiamento”, observou Lorenzetti.
CONSÓRCIO - O Consórcio Intermunicipal Caiuá – Ambiental (CICA), de iniciativa do prefeito Rogério Lorenzetti, foi fundado no início de 2012 com o objetivo de unir forças para conseguir mais recursos e investimentos em projetos e ações para o desenvolvimento da região, em especial na área ambiental. O Consórcio é composto por dez municípios e, segundo Lorenzettti, é um modelo que funciona. “Na questão ambiental, que hoje é nosso foco principal, a união dos municípios otimiza os custos e ajuda a diminuir os impactos ambientais”, apontou.
Quando esteve em Paranavaí com a missão francesa, em janeiro deste ano, o assessor da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Laerte Dudas, afirmou que “o modelo consorciado é uma tendência mundial e algo que dá certo, principalmente quando se tem prefeitos comprometidos como é o caso do Rogério, que busca fazer de Paranavaí referência no assunto. Uma coisa é um município fazendo a coleta seletiva sozinho. Outra coisa é um grupo de vários municípios fazendo a coleta em grande escala, o que gera um maior aproveitamento e renda”, salientou o assessor na época.
Segundo ele, a linha de financiamento aprovada pela AFD tem juros bem abaixo do mercado e o objetivo do Governo do Estado é auxiliar, por meio do seu corpo técnico, os municípios para que possam elaborar bons projetos que possam ter acesso ao recurso internacional.

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