segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

NOVE EMPRESAS E TRÊS MUNICÍPIOS JÁ FORAM CERTIFICADOS NO PROGRAMA


A lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e atribui a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e dispõe a obrigatoriedade de estruturar e implementar o sistema de logística reversa
Foi lançado anteontem, na sede do Provopar de Paranavaí, o Programa de Logística Reversa de Resíduos de Eletroeletrôni­cos. O evento também marcou a entrega do Certificado Ambien­tal para nove empresas e três municípios (Paranavaí, Tambo­ara e Mirador) que já realizam a logística de acordo com a Lei Federal nº 12.305 de 2010.
Trata-se de um documen­to comprobatório que também será usado na renovação do alvará e da licença sanitária. O grande objetivo do município é continuar se desenvolvendo sem comprometer o futuro das próximas gerações (o chamado desenvolvimento sustentável).
A lei citada é a que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e atribui a responsabi­lidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos aos fabri­cantes, importadores, distribui­dores, comerciantes e consumi­dores e dispõe a obrigatoriedade de estruturar e implementar o sistema de logística reversa, mediante retorno dos produtos após sua utilização.
Lourival Freitas é presi­dente da Associação das Em­presas Eletroeletrônicas de Paranavaí, criada em dezem­bro de 2011, e consciente do seu papel como revendedor de tais produtos. Durante o lançamento ele afirmou es­tar feliz com a quantidade de material que já foi recolhido pelos associados e destacou que dar a correta destinação a esses itens é fundamental para que não haja qualquer prejuízo ao meio ambiente.
De acordo com João Mar­ques, secretário de Meio Am­biente do município de Para­navaí, o Brasil perde cerca de R$ 8 bilhões por ano por não reciclar esses equipamentos. Durante a solenidade, ele fa­lou da dificuldade inicial em implementar a logística haja a vista a falta de diálogo dos municípios com as grandes fabricantes do setor, que não tem a mesma coragem e dispo­sição dos pequenos empresá­rios e revendedores.
Segundo o secretário, o município está empenhado em dar a correta destinação a es­ses equipamentos não apenas para cumprir a lei, mas para evitar que as substancias tó­xicas presentes nesses itens possam contaminar o meio ambiente e os recursos natu­rais. “O que o município está fazendo é apenas organizar essa cadeia, já que resolver a questão da logística reversa é dever de fabricantes e reven­dedores”, afirmou.
Na opinião do chefe da Vigi­lância em Saúde (Visa) de Para­navaí, José Marchi, a iniciativa é importante não só para o meio ambiente, mas também para a saúde pública, uma vez que os equipamentos descartados de forma incorreta são potenciais depósitos de larvas do mosqui­to transmissor da dengue. Sen­do assim, ele parabenizou esse “grupo de pessoas conscientes e engajadas com o meio ambien­te, que estão sendo decisivos para a mudança de comporta­mento da população”.
Para o prefeito Rogério Lorenzetti, são as boas ideias e iniciativas que fazem a dife­rença em uma administração. “Estamos saindo na frente com essa iniciativa e isso é muito importante, ainda mais na área ambiental que é algo impres­cindível para o nosso cresci­mento sustentável. O ambiente é um só e a contaminação não tem fronteiras”, avaliou o ad­ministrador municipal.
Para o prefeito, o fato do município condicionar a re­novação do alvará somente as empresas que possuem o certi­ficado ambiental pode ser uma decisão antipática à princípio. “Mas o que não podemos ser é inerentes e continuar jogando a sujeira para debaixo do tape­te”, declarou Rogério.

A LOGÍSTICA REVER­SA NA PRÁTICA - Com o lançamento do Programa de Logística Reversa de Resíduos de Eletroeletrônicos as mais de 90 empresas e supermercados do município que comercia­lizam produtos eletrônicos e materiais elétricos passam a ser “Eco Pontos” e serão responsá­veis pelo recebimento das suca­tas dos equipamentos que elas próprias comercializam.
Depois de coletados, os aparelhos das empresas asso­ciadas serão levados para uma espécie de central de coleta, onde eles serão recolhidos por uma empresa terceirizada que dará a correta destinação aos equipamentos, sem custo para os empresários. Essa empre­sa terá de ser licenciada pelo Instituto Ambiental do Paraná, e dará certificação para os es­tabelecimentos que estiverem inseridos nesta iniciativa.Já as empresas que não fa­zem parte da associação terão que procurar uma empresa ou ONG (Organização Não-Governamental) que realiza este tipo de trabalho e que também seja licenciada pelo Instituto Ambiental do Pa­raná. Um exemplo é a ONG Associação Fukuoka do Sul do Paraná, instalada recente­mente em Paranavaí.
A partir deste ano a Pre­feitura Municipal dará início à fiscalização das empresas que atuam no setor de eletro­eletrônicos, para garantir que todas tenham a certificação emitida pela empresa tercei­rizada. As empresas que não possuírem o certificado esta­rão sujeitas a multa.
AUTORIDADES PRE­SENTES - A cerimônia desta quarta-feira também contou com a participação de secre­tários e servidores municipais, do presidente da Câmara Mu­nicipal, Nivaldo Mazzin, da primeira-dama do município, Cristina Lorenzetti, do prefeito de Mirador, Luiz Wessler, de Nilce Feitosa, representando o município de Tamboara, e de­mais lideranças.


                              
Rogério: ''Estamos saindo na frente com essa iniciativa e isso é muito importante,ainda mais na área ambiental que é algo imprescindível para o nosso crescimento sustentável''

Segundo Marques, o município está empenhado em dar a correta destinação a esses equipamentos não apenas para cumprir a lei, mas para evitar que as substâncias tóxicas presentes nesses itens possam contaminar o meio ambiente e os recursos naturais.

Rogério entrega o certificado a uma das empresas que já realiza a logística reversa. O documento será usado na renovação do alvará e da licença sanitária

                                




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