201CA ideia é criar uma área onde possam ser instalados estabelecimentos comerciais com baixo impacto ambiental201D, explicou o secretário
Um projeto elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Paranavaí está propondo a criação de uma zona de comércio e serviços ao longo da Avenida Gabriel Esperidião e da BR-376, na faixa que hoje engloba parte da APA (Área de Proteção Ambiental) do Ribeirão Arara.
O projeto foi apresentado ontem em uma reunião com representantes do Conselho Gestor da APA e do Conselho Municipal do Meio Ambiente, que contou ainda com a participação do prefeito Rogério Lorenzetti e dos secretários Nivaldo Mazzin (Governo) e Carlos Henrique Scarabelli (Desenvolvimento Econômico).
“Pela Lei vigente, a APA engloba esta faixa e nenhum tipo de comércio pode ser instalado no local. A ideia é criar uma área onde possam ser instalados estabelecimentos comerciais com baixo impacto ambiental, e aplicar compensações ambientais para a utilização dos espaços”, explicou o secretário interino de Meio Ambiente, Edson Hedler.
A Prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico recebeu vários pedidos de empresas que têm interesse em se instalar na área da Avenida Gabriel Esperidião e da BR-376.
O projeto prevê que apenas empresas que não causem grandes impactos ambientais, como a emissão de efluentes diretamente no solo e na água, poderão se instalar nesta faixa.
“Não poderemos permitir empresas como lava-car ou oficinas que descartem óleo, graxa, etc. A intenção é que a área seja liberada para a instalação de lojas de departamentos (como a Havan, que já demonstrou interesse em se instalar em Paranavaí), lanchonetes, lojas de móveis e outros tipos de comércio que gerem apenas os resíduos comuns, que já são coletados com eficiência pelo município”, frisou Hedler.
Na avaliação do presidente do Conselho do Meio Ambiente, Valter Mareli, “o Brasil é um dos países que melhor gerencia as questões ambientais no mundo. Este projeto de alteração da zona de ocupação da APA é muito importante. Ninguém quer acabar com a área de preservação”, disse o secretário.
“A Política Nacional do Meio Ambiente prevê que a preservação e conservação das áreas ambientais devem ser feitas em consonância com o desenvolvimento econômico e social. Vejo este projeto como uma possibilidade de proporcionar mais desenvolvimento para a nossa cidade, mas também de promover ganhos ambientais, provocando uma melhoria ambiental e o envolvimento dos diversos atores que farão parte deste projeto, no sentido de participar da conservação. É uma oportunidade de participação para a melhoria do meio ambiente aliada ao desenvolvimento da cidade”, ponderou.
Durante a reunião, o Conselho Gestor da APA pediu mais informações técnicas relacionadas ao projeto. “Será a oportunidade de os conselhos apresentarem sugestões sobre a questão da compensação ambiental. Por exemplo, uma das possibilidades é de que uma empresa que ocupará uma área de 200 metros compense sua instalação na nova área com outros 200 metros de reflorestamento e proteção dos mananciais. Juntos vamos estudar a melhor maneira de compensação. Se o projeto for aprovado pelos Conselhos, então vamos encaminhá-lo à Câmara Municipal propondo a alteração da Lei. A previsão é de que o projeto seja encaminhado para apreciação do Legislativo no início de novembro”, completou Hedler.
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