domingo, 15 de março de 2015

TOTAL DE NOTIFICAÇÕES DE DENGUE, NA REGIÃO, PASSA DE 2.500 NO ANO

Os dados revelam que duas cidades - Loanda e São João do Caiuá - vivem uma epidemia - enquanto Santo Antônio do Caiuá também deve entrar nesta condição. Santa Isabel e Diamante do Norte estão no chamado alerta alto

O número de notificações de casos de dengue na região de Paranavaí chegou a 2.577 em 2015. É o que aponta a planilha fechada na última quinta-feira pela 14ª Regional de Saúde, com base nas informações oficiais dos municípios. 
Os dados revelam ainda que duas cidades - Loanda e São João do Caiuá - vivem uma epidemia - enquanto Santo Antônio do Caiuá também deve entrar nesta condição. Santa Isabel do Ivaí e Diamante do Norte estão no chamado alerta alto. 
A maior incidência é de São João do Caiuá com 984 notificações, o que dá a preocupante proporção superior a 7.800 casos por 100 mil habitantes. Destes, 476 foram confirmados em exames laboratoriais. 
A cidade tem pouco mais de 06 mil moradores. O número de registros de casos tem caído nas últimas semanas, indício de que o auge da epidemia pode ter passado.
Em Loanda a situação também preocupa com 770 notificações e 315 resultados positivos confirmados por exames. A cidade vive incidência de quase 400 casos por 100 mil habitantes. O município conta atualmente com população de pouco mais de 22 mil moradores.
Santo Antônio do Caiuá vive uma posição inversa a São João do Caiuá. A cidade está entrando numa epidemia. São 93 notificações em 2015 com 33 exames positivos. A incidência é superior a 1.000 casos por 100 mil habitantes. A cidade conta com pouco mais de 2.700 habitantes. 
CENÁRIO EM PARANAVAÍ - Paranavaí, a maior cidade do Noroeste, fechou a semana com 33 confirmações, num universo de 254 notificados, sendo que 108 ainda aguardam resultados de exames. A incidência é baixa em relação aos casos anteriores - 33,8 por grupo de 100 mil moradores.
Mas, o que preocupa em Paranavaí é o alto índice de infestação do Mosquito Aedes aegypti, espalhado por toda a cidade. Os casos também são espalhados por várias áreas urbanas. Na prática, o risco de descontrole é grande e vem sendo reduzido caso a caso com bloqueios eficazes, como define o diretor da Vigilância em Saúde, Randal Khalil Fadel.
As preocupações são maiores nestes dias de exposição no Parque Arthur da Costa e Silva. A feira atrai público de várias regiões do país, especialmente do Noroeste. Essas pessoas podem levar ou trazer a doença, ajudando a espalhar a dengue. 
Para fazer frente, a Vigilância diz que está atuando para eliminar o mosquito adulto na área do parque e, com isso, reduzir o risco. A transmissão se dá através do mosquito, que pica uma pessoa doente e passa o vírus ao picar uma pessoa saudável. 
COMO É FEITO O CÁLCULO - Nesta semana o Ministério da Saúde divulgou o balanço de 2015 sobre a dengue no país. São 340 municípios em situação de risco, informa, incluindo alguns do Noroeste do Paraná. O risco é avaliado a partir dos índices de infestação do mosquito. A Organização Mundial de Saúde considera tolerável até 1%. Em Paranavaí, por exemplo, o último levantamento acusou 4,7%, ou seja, a cada 100 imóveis, em 4,7 havia foco.
Já sobre o cálculo para caracterizar epidemia, o Ministério utiliza a incidência de 200 casos para cada grupo de 100 mil moradores. O coordenador da Vigilância em Saúde da Regional, Valter Sordi Júnior, detalha que os números são referências. Outros fatores devem ser levados em conta, incluindo a incidência do mosquito, tamanho da população e capacidade de enfrentamento.
Abaixo de 100 casos por 100 mil moradores é uma situação considerada passível de controle. Entre 100 e 200 casos é situação do chamado alerta vermelho, ou seja, atenção máxima. Já entre 200 e 300 por 100 mil está caracterizada a epidemia. É considerada epidemia toda a situação que foge ao controle, sintetiza Sordi Júnior.
Importante ter em mente que se trata de uma proporção. Numa população de 1.000 habitantes, por exemplo, 34 casos já caracterizam epidemia. Numa cidade de 3 mil moradores bastam 09 casos, situação de muitos municípios do Noroeste. Por isso, toda a região é considerada preocupante e passível de uma epidemia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

NÃO ACEITAMOS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS, FAVOR DEIXE SEU NOME E E-MAIL PARA QUE POSSAMOS RESPONDER.