quarta-feira, 6 de novembro de 2013

DN NO CENTRO

Praça da Xícara é um dos símbolos de Paranavaí

O pioneiro Ademar Teodoro Batista se lembra da inauguração da praça. Ele explica que foi uma grande festa. O local passou a ser perfeito para levar as crianças para se divertirem. O pioneiro afirma que muitos jovens iam até lá para paquerar e se divertir

Recentemente o chafariz foi reformado e voltou a funcionar - Foto: Robson Fracaroli

Hoje, o “DN no Centro” abordará a área no entorno da Praça Sinval Reis, ou simplesmente Praça da Xícara, como é popularmente conhecida. 
Na correria do dia a dia, muitas pessoas não param para vislumbrar a beleza do chafariz e nem aproveitar as sombras das árvores. Porém, ninguém pode negar que o local é um dos símbolos de Paranavaí. A fonte de água e sua iluminação remetem ao tempo em que a cultura cafeeira era a mola propulsora da economia do município.
Hoje, a Praça da Xícara não tem mais o glamour do passado. Os pais já não levam os filhos para se divertir e nem os jovens vão namorar naquela local, como ocorria antes. Mas a praça mantém um público cativo que, diariamente, vai à Academia da Terceira Idade (ATI) fazer exercício.
Além deles, os estudantes de dois colégios do entorno também aproveitam as sombras das árvores para o descanso antes das aulas. Algumas árvores são históricas e uma tombada pelo patrimônio.
A Praça da Xícara foi inaugurada em 23 de novembro de 1964, pelo então prefeito Antônio José Messias. Antes existia no local o Hospital do Estado e o necrotério municipal. Depois de sua inauguração a praça passou por uma reconstrução na década de 90.
Recentemente houve outra reforma. Foi recuperado o piso petit-pavé. Reparadas e reconstituídas as muretas, a xícara (recompostas as pastilhas) e o chafariz (parte elétrica e hidráulica). Ainda foram instalados 20 holofotes subaquáticos e feita a pintura completa da praça.
SAUDOSISMO - O pioneiro Ademar Teodoro Batista se lembra da inauguração da praça. Ele explica que foi uma grande festa. O local passou a ser perfeito para levar as crianças para se divertirem. O pioneiro afirma que muitos jovens iam até lá para paquerar e se divertir de forma sadia.
“A Praça Sinval Reis era a atração da cidade. O chafariz jogava a água a uns 10 metros de altura e ainda tinha música. O movimento de pessoas era intenso e não tinha confusão. Quando começava a escurecer a praça ficava lotada, na época o município tinha energia só até às 23h. Depois disso os geradores eram desligados”, lembra Batista.
INSEGURANÇA - Hoje, infelizmente nem tudo são flores. Quando anoitece é notória a falta de segurança. Muitas pessoas se recusam a passar pela Praça da Xícara por temerem o público que se “apodera” do local atualmente.
Não é difícil se deparar com desocupados que ficam embriagando-se ou mesmo se drogando. Algumas pessoas usam a praça como banheiro e outras aproveitam da falta de vigilância para praticar pequenos roubos.
Recentemente o Diário do Noroeste noticiou a ação de vândalos que jogam lixo por toda parte, inclusive dentro do chafariz. Isso acaba fazendo com que a bomba fique entupida e a fonte deixa de funcionar. Há alguns anos o busto do Dr. Sinval Reis, que dá nome à praça, já foi alvo de vandalismo.
SINVAL REIS - Sinval Reis nasceu dia 13 de abril de 1909 em São João do Nepomuceno, Minas Gerais, e morreu dia 17 de setembro de 1963 em Paranavaí. Ele foi o primeiro Juiz de Direito da comarca e fundador de inúmeras obras filantrópicas na cidade.
Em Paranavaí o juiz foi um dos fundadores da Casa da Criança, Santa Casa, Asilo Lins de Vasconcelos e do antigo albergue noturno. Instituiu o Ginásio Humberto de Campos, a Escola Normal Maria Ruth Junqueira, o conservatório de música João Ghignone e contribuiu ativamente para a criação do Colégio Estadual e da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras (hoje FAFIPA/UNESPAR).
Para homenagear a história de dedicação e trabalho, o Juiz de Direito Sinval Reis recebeu o título Post-Mortem de Cidadão Honorário de Paranavaí. Também virou nome da praça onde existe um busto em sua homenagem. O Poder Judiciário também homenageou o magistrado dando o seu nome ao Fórum da Comarca.

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