Com 32 cooperados, a Cooperativa de
Seleção de Materiais Recicláveis e Prestação de Serviços de Paranavaí
(Coopervaí) está, novamente, trabalhando dentro da normalidade.
Em fevereiro deste ano, a Coopervaí enfrentou
um impasse: eram mais 500 toneladas de resíduos espalhados dentro e fora dos
barracões. Tanto lixo acumulado a céu aberto fazia aumentar o risco da
proliferação do mosquito transmissor da dengue e animais peçonhentos.
“Na época tínhamos apenas 14
cooperados e um grande volume de material. Com o auxílio da Secretaria de Meio
Ambiente e Ministério Público adotamos algumas medidas paliativas que ajudaram
a solucionar o problema e hoje temos 32 cooperados trabalhando por produção, ou
seja, ganhando de acordo com o que produz”, destaca a gerente Vera Márcia
Teixeira de Lima.
Outra iniciativa que colaborou para
que o trabalho voltasse à normalidade, foi a criação, no final de fevereiro, da
Associação das Empresas Recicladoras de Paranavaí (Aserpa),
composta por nove empresas do setor que tem como objetivo comum otimizar a
triagem de materiais recicláveis no município.
Hoje, a Coopervaí recebe, em média,
cerca de 5 toneladas de materiais recicláveis por dia, mas tem estrutura para
receber até 9 toneladas. De acordo com Márcia, a quantidade de resíduos
aumentou quando a Prefeitura de Paranavaí lançou uma campanha de
conscientização dos moradores, chamando a atenção para a necessidade de fazer a
separação correta do lixo comum e reciclável. A ação teve início em 2012.
RIGOR NA COLETA DE LIXO COMUM – Em
outubro do ano passado, o município adotou uma nova medida para tentar reduzir
a quantidade de materiais potencialmente recicláveis que eram enviados ao
aterro. De acordo com a nova medida, os moradores que não separavam o lixo
adequadamente deixavam de ter os seus detritos coletados pela empresa
responsável, que utilizava um adesivo (na cor vermelha) para informar a
população.
A ação fez com que o volume de lixo
reciclável coletado pela empresa aumentasse ainda mais, causando transtornos
não só para a cooperativa, mas para a empresa de coleta, que teve que ampliar
as equipes.
Com a situação normalizada, a empresa
intensificará o uso de adesivos como forma de conscientização dos moradores.
Isso significa que os moradores de Paranavaí que não fizeram a separação
adequada do lixo deixarão de ter os seus resíduos orgânicos coletados pela
empresa responsável. A medida tem como base a Lei Municipal nº 3.641/2010, que
institui a obrigatoriedade da separação e destinação final de resíduos sólidos
domiciliares no município.
Todo esse cuidado com a coleta e
destinação do lixo – que inclui desde os pequenos até os grandes geradores de
resíduos – já garantiu bons resultados ao município, aponta o secretário
interino de Meio Ambiente Edson Hedler.
É que a nova célula do aterro
sanitário que deveria começar a ser construída no segundo semestre de 2013 só
deverá ser construída em agosto deste ano. “Isso significa que as medias
adotadas pelo município – campanhas de conscientização, uso de adesivos, entre
outros - garantiram uma sobrevida de um ano a atual célula do aterro, mesmo
recebendo lixo reciclável de outros municípios vizinhos”, concluiu o
secretário.
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terça-feira, 13 de maio de 2014
COOPERVAÍ TRABALHA DENTRO DA NORMALIDADE APÓS REGULARIZAR ACÚMULO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
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