Em andamento a escavação da nova célula de aterro que irá abrigar os resíduos sólidos gerados por moradores de Paranavaí e de municípios da região que depositam aqui os seus resíduos orgânicos através de convênio. Com um custo estimado em mais de R$ 1,5 milhão, a nova célula deverá ter uma vida útil de aproximadamente três anos, que pode ser prolongada com a adoção da separação do lixo reciclável e do consumo consciente por parte da comunidade.
A escavação do novo ponto de aterro está sendo executada pelo município (com maquinários terceirizados) e paga com recursos provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente, que recebe da Sanepar 1% de toda a arrecadação feita na cidade.
Já para o pagamento do restante da obra – impermeabilização com manta, proteção mecânica da manta e drenagem de líquidos – o prefeito Rogério Lorenzetti está pleiteando junto ao Governo do Estado o financiamento do recurso. No último dia 16, o gestor esteve em Curitiba onde participou de uma audiência com os gerentes, coordenadores e assessores da Agência de Fomento do Paraná e com o secretário de estado de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Junior, para discutir detalhes do projeto.
Nesta terça-feira, 27, Lorenzetti vistoriou o andamento das obras no aterro sanitário municipal acompanhado do secretário de Meio Ambiente, Edson Hedler, do engenheiro sanitarista da empresa Transresíduos e responsável técnico pelo local, Edson Bertussi, e do diretor da empresa, William Kowalski.
Para ele, os investimentos feitos no local são fundamentais para a correta destinação dos resíduos sólidos e para reduzir os impactos causados ao meio ambiente. “Nosso aterro tem sido usado como modelo para outras cidades por sua destinação ecologicamente correta do lixo doméstico. Ciente da importância disso para o futuro das próximas gerações e já nos antecipando às necessidades do município em um futuro breve, providenciamos a compra de um terreno situado ao lado do aterro, que irá possibilitar a construção de mais quatro células. Com isso, poderemos ampliar em mais 10 anos a vida útil do aterro municipal, que passará de aproximadamente 16 anos para 26 anos de durabilidade, segundo estimativas”, salientou Lorenzetti.
Lorenzetti também está pleiteando recursos de uma linha de financiamento disponibilizada pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para a construção de mais células e de uma usina de compostagem. “A usina permite transformar resíduos orgânicos em uma espécie de adubo, reduzindo assim o volume de lixo que vai para o aterro e, consequentemente, aumentando a vida útil das células”, completou o prefeito.
CONVÊNIO COM OUTROS MUNICÍPIOS – Atualmente, cinco municípios da região possuem convênio para o descarte de resíduos orgânicos no aterro municipal de Paranavaí. Através do mesmo, os municípios podem descartar exclusivamente seus resíduos orgânicos no aterro, com um custo de R$ 80,24 por tonelada. O transporte, a entrega e o descarregamento no aterro são de responsabilidade dos municípios conveniados, e não é permitido o descarte de resíduos da saúde, industriais ou qualquer outro que não seja orgânico, sendo necessária para isso a adoção da coleta seletiva de lixo.
A separação do lixo reciclável é acompanhado e fiscalizado através de uma gravimetria anual, que também aponta a possibilidade de prorrogação do prazo do convênio.
De acordo Hedler, Paranavaí investe atualmente cerca de R$ 60 mil por mês apenas na operação do aterro e outros R$ 60 mil em coleta seletiva. “Existe um estudo que aponta que o aterro se torna viável a partir de 80 mil habitantes e autossustentável a partir de 150 mil habitantes, que é quando ele não precisa mais utilizar de recursos livres para a sua manutenção. Isso mostra que os convênios, além de beneficiar os municípios vizinhos, também ajuda Paranavaí a manter o seu aterro de uma forma economicamente sustentável. Nossa expectativa é que a construção de uma próxima célula poderá inclusive ser custeada apenas com os recursos provenientes dos convênios”, observou o secretário.
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