A partir do próximo dia 10 de outubro, quinta-feira, a coleta do lixo comum em Paranavaí ficará mais rigorosa. De acordo com as novas medidas, os moradores que não separarem o lixo adequadamente deixarão de ter os seus detritos coletados pela empresa responsável, que utilizará um adesivo (na cor vermelha) para informar a população.
A medida tem como base a Lei Municipal nº 3.641/2010, publicada em julho de 2010, que dispõe sobre a coleta, transporte e destinação final de resíduos em geral e institui a obrigatoriedade da separação e destinação final de resíduos sólidos domiciliares no município.
Pela lei, que entrou em vigor em fevereiro de 2011, todas as pessoas estão obrigadas a fazer a separação, inclusive com dias diferentes de coleta entre o reciclável e o orgânico. Mesmo não sendo o objetivo, a lei prevê multa para quem desrespeitar. No caso do lixo doméstico, configura-se uma inflação leve, com multas de R$ 80,63 a R$ 1.466,00.
“É uma medida rigorosa, mas ao mesmo tempo necessária. Esta lei entrou em vigor em fevereiro de 2011, mas até hoje parte dos moradores ainda não se conscientizou. Um estudo realizado recentemente mostrou que alguns bairros do município continuam não fazendo a separação do lixo comum do reciclável, e essa foi uma alternativa que encontramos para educar a população”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, João Marques.
O estudo que o secretário faz referência é chamado de gravimetria e foi realizado em julho deste ano com o objetivo de quantificar e qualificar os tipos de resíduos descartados pela população e que são destinados ao aterro sanitário. O serviço consiste basicamente em uma pesquisa por amostragem para saber como está a separação do lixo nos bairros do município.
“Assim conseguimos ver que tipo de lixo está vindo para o aterro, se as pessoas estão descartando da maneira certa ou errada, se está havendo a separação para a coleta seletiva, etc. É uma excelente ferramenta para quantificarmos, sabermos qual região da cidade produz mais resíduos, e também para qualificarmos a coleta seletiva”, explica o secretário.
Todo esse cuidado com a coleta e destinação do lixo – que inclui desde os pequenos até os grandes geradores de resíduos – já garantiu bons resultados ao município. É que a nova célula do aterro sanitário que deveria começar a ser construída no segundo semestre deste ano só deverá ser construída no início de 2014. Isso significa que as medias adotadas pelo município garantiram uma sobrevida de seis meses a atual célula do aterro.
“Isso significa uma economia de R$ 2 milhões, que é o valor que vai custar a nova célula do aterro. Quanto mais tempo conseguirmos adiar essa construção, melhor será para o município e para o meio ambiente”, avalia Marques
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