segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

MORADORA DO RIO DE JANEIRO CONQUISTA SELO POR IMPLANTAR ENERGIA SOLAR EM CASA

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"Minha casa até virou referência em sustentabilidade aqui no condomínio", comemora Isabelle
Foto: Arquivo Pessoal

A moradora de uma casa no Bairro Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, é a terceira da capital fluminense a receber o Selo Solar por conta da instalação de um sistema fotovoltaico. A certificação do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) é um reconhecimento para proprietários de residências e empresas do país que adotam a eletricidade proveniente do sol.
O Selo foi conferido para a arquiteta Isabelle de Loys, que fez da própria casa um bom exemplo para os cursos e consultorias que realiza. Com o sistema de 2kW de potência (que opera desde junho de 2013), praticamente toda a energia consumida na casa vem da fonte fotovoltaica.
“Minha casa até virou referência em sustentabilidade aqui no condomínio e ainda valorizou uns 20%”, contou Isabelle à revista Isto É. A economia mensal chega perto dos 50%, isso apesar de sua residência abrigar uma sauna e um escritório.
A instalação mereceu o primeiro Selo Solar de 2014, terceiro do Rio de Janeiro. Já foram certificados, no ano passado, uma casa em Santa Teresa e uma em São Conrado. A lista coloca o Rio de Janeiro em segundo lugar na quantidade de selos no país, junto com a Bahia. A liderança está com Mato Grosso do Sul, que recebeu sete certificações em 2013.
O selo
O Selo Solar foi criado em 2012, como um reconhecimento para instituições públicas e privadas, além de proprietários de edificações que consomem um valor mínimo anual de eletricidade solar ou que têm pelo menos 50% do seu consumo de eletricidade vinda do sol.
A certificação é uma iniciativa do Instituto Ideal e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW).
Como instalar?
Aqui no Brasil a energia solar ainda é menos competitiva do que a eólica (oriunda dos ventos), por exemplo, devido a fatores como a falta de incentivos governamentais consistentes e ausência de fabricantes dos painéis fotovoltaicos, que convertem a energia do sol em eletricidade.
Como funciona hoje:
1) O consumidor investe entre R$ 15 mil e R$ 20 mil para adquirir os painéis fotovoltaicos (comprados junto a empresas especializadas);
2) Ele solicita um medidor digital da concessionária local (de seu estado) para produzir a própria energia, reduzindo os custos na conta de luz. Tais medidores custam entre R$ 200 e R$ 300;
3) Uma vez instalado o medidor, a geração de energia passa a ser absorvida pela rede elétrica, em um sistema de compensação. A conta de luz vai indicar o quanto de eletricidade foi usado a partir da energia solar e a porção relacionada a fonte convencional (hidrelétrica). O excedente, que foi economizado, vira crédito para os meses seguintes;
4) Hoje, todos os equipamentos para a produção de energia solar são importados.
5) O retorno do investimento depende da incidência da insolação para atender ao domicílio e pode vir após três a oito anos.
 
 

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