Congresso realizado em Londrina promoveu a troca de experiências voltadas para a sustentabilidade entre gestores empresariais
O secretário do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, ressalta a importância de se trocar o capitalismo predatório por um capitalismo sustentável
Londrina - "Empresas Brasileiras e suas melhores práticas em Gestão Ambiental" foi o tema da 6ª Edição do Congresso Nacional de Responsabilidade Socioambiental, realizado ontem em Londrina e promovido pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (Abtd/PR), com apoio da Folha de Londrina.
Ademar Ramos, presidente da Abtd/PR explicou que o objetivo maior do evento é a troca de experiência. "Muitos têm discurso mas não têm prática diária. As empresas precisam estar envolvidas com o tema. Os principais gestores precisam ter consciência ambiental", disse.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, fez a abertura do evento e ressaltou a responsabilidade de se trocar o capitalismo predatório por um capitalismo sustentável. "Os nossos empresários já tiveram informações suficientes para entenderem que a sustentabilidade é o caminho. Entretanto nem todos agem da mesma forma. Quando falamos em sustentabilidade, estamos falando não apenas em qualidade de vida mas em perpetuação da espécie. Se não mudarmos o comportamento, já éramos", afirmou.
Para ele, o consumidor tem papel fundamental na escolha das empresas em se tornarem sustentáveis. "O consumidor que vai na feira e compra uma batatinha sem agrotóxico, porque ela pode ser mais feia mas é mais saudável é quem vai disciplinar o mercado. Somente quando o mercado for compelido a produzir de modo sustentável, é que teremos a sustentabilidade na prática", destaca.
Pedro Sarro, diretor de sustentabilidade da Leroy Merlin foi um dos palestrante e concorda. "Hoje o consumidor está disposto a pagar um pouco mais por um produto sustentável. Evidentemente falamos de um consumidor de classe A a C, mas ele reconhece e sabe dessa importância. O capitalismo sustentável é um caminho sem volta."
O diretor destacou que o custo de uma loja certificada é 8% maior, mas que a ecoeficiência faz com que o investimento se pague em cinco anos. "Não se resolve a questão ambiental sem a questão econômica e as empresas fazem parte dessa questão. Tivemos um capitalismo selvagem, era tudo pelo lucro e hoje caminhamos para um capitalismo sustentável ou consciente, aonde você não está olhando só o lucro, mas o desenvolvimento e acima de tudo a felicidade das pessoas. Nossa visão é conseguir trabalhar esse consumo consciente com nossos colaboradores e nossos clientes, de tal forma que tenhamos um comércio que dê lucro mas que traga ecodesenvolvimento e acima de tudo, bem-estar e felicidade para as comunidades", afirmou.
Júlio César Pereira, diretor industrial da Companhia Cacique de Café Solúvel, avaliou que sem a preocupação com a ecologia, não seria possível a exportação dos produtos para tantos países. "Somos vistos com bons olhos quando fazemos coisas para a natureza. Temos vários certificados e temos que ter sustentabilidade dentro da empresa e fora dela."
Érika Gonçalves
Reportagem Local
Nenhum comentário:
Postar um comentário
NÃO ACEITAMOS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS, FAVOR DEIXE SEU NOME E E-MAIL PARA QUE POSSAMOS RESPONDER.