Entidades e autônomos trabalham recolhendo vários tipos de produtos em Londrina
Antonio Peres recolhe material reciclável há 15 anos: cinco tubos de televisão rendem um quilo de cobre
Alex Gonçalves, da ONG e-lixo: ''O consumidor de Londrina tem se mostrado consciente, ao contrário de fabricantes, que nunca nos procuraram''
Desde 2008 a ONG e-lixo recolhe todo tipo de produto eletroeletrônico (exceto pilhas e baterias) que não funciona mais ou esteja em desuso em Londrina. Em cinco anos de atuação, a quantidade recolhida passou de oito toneladas ao mês para mais de 60 toneladas mensais. De acordo com Alex Gonçalves, diretor da ONG, ainda que o número tenha crescido exponencialmente, é muito baixo perto da quantidade que é fabricada. ‘‘Num primeiro momento, tentamos dar uma sobrevida ao produto para economizar recursos naturais. Às vezes, reutilizamos dois, três computadores para que um funcione novamente.’’ Já foram doados cerca de 700 computadores.
Quando não há possibilidade de conserto, o item é separado conforme o tipo de material (vidro, alumínio, cobre) e vendido à indústria. ‘‘O que não serve para a indústria, pagamos para ser levado à destinação de tratamento de resíduos. A maioria é de informática’’, afirma o diretor. Ele revela que a procura é feita apenas pela população e não pelos fabricantes. ‘‘O consumidor de Londrina tem se mostrado consciente, ao contrário de fabricantes, que nunca nos procuraram’’, revela.
O produto pode ser levado diretamente na sede da ONG ou é cobrado um valor de R$ 10 para o recolhimento na residência, realizado somente em Londrina. Entretanto, convênios dos municípios com a entidade podem ser viabilizados. Trabalho semelhante faz o Lar Anália Franco que, além de recolher produtos eletroeletrônicos, coleta móveis usados. Para fazer a doação é preciso ligar na entidade para agendamento, já que alguns produtos precisam de frete em função do grande porte, como geladeiras e fogões.
Dentre vários autônomos que trabalham com materiais recicláveis em Londrina, Antonio Breni Peres, conhecido como seu Toninho, se destaca. No ramo há mais de 15 anos recolhendo latas de alumínio, ele expandiu a atividade para todos os tipos de produtos que tenham vidro, aço e plástico em sua composição. ‘‘Eu mesmo faço a separação dos materiais para a venda. O que não serve para a indústria, o caminhão de lixo leva’’, pontua, mostrando as telas de vidro de televisões de tubo que não são recicláveis. Peres informa que a indústria paga, em média, R$ 1,24 pelo quilo do cobre, 18 centavos para o ferro e 15 centavos para o plástico. Ele diz que cinco tubos de televisão são necessários para dar um quilo de cobre.
Serviço
ONG e-lixo: (43) 3339-0475
Lar Anália Franco:
(43) 3325-8060
Mariana Trigueiros
Reportagem Local
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